A Galp começou a assediar-me no fim do mês de maio. No que ao gás natural diz respeito eu já era deles, mas eles queriam mais, queriam que a minha eletricidade fosse deles também. Foram quinze dias de pressão alta, de assédio intenso. Não resisti e aceitei. Era uma coisa simples e passados dois ou três dias eu deixaria de pertencer à EDP. Eles tratavam de tudo. Parecia um sonho.
A quinze ou dezasseis de junho mandaram o e-mail com as condições, eu respondi de forma afirmativa ao proposto e fim. Fim mesmo. A Galp desapareceu da minha vida. Nem uma, nem duas. Preocupado, passados uns dez dias e porque recebi a conta da EDP, liguei para a Galp. Informaram-me que efetivamente ainda não era cliente, que um problema tinha evitado que se concluísse o processo, mas que em dois dias, no máximo, isso estaria resolvido. Passados cinco dias volto a ligar para a Galp e confirmo que eu ainda não era cliente. Pediram-me mais dois ou três dias e deram-me a certeza de que o problema seria resolvido e o processo findo. Há uns dias lembrei-me eu da Galp, sim, porque a Galp nunca mais se lembrou de mim, e voltei a ligar para lá. Já tinha passado mais de um mês e eu ainda não era cliente porque um problema impedia que o meu processo fosse concluído. Maldito problema, que ninguém me conseguiu dizer qual era! Dividas não eram, que isso eu perguntei. Garanto!
O certo é que durante estes telefonemas, para além de ter gasto dinheiro, falei com cerca de dez funcionários diferentes e a única coisa que consegui foi dar sem efeito o meu pedido de adesão. Não consegui ser cliente da Galp! Eu tentei, juro. Tudo fiz para lhes entregar a minha eletricidade e não houve maneira.
No fim, e em jeito de desabafo, disse a quem me atendeu, que isto era inédito. O cliente começou por ser perseguido e acabou a perseguir a Galp, sem, contudo, conseguir atingir o objectivo de ser cliente. Ainda dizem que isto está mau, a Galp, por exemplo, recusa clientes. Não os quer!
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