Volto já.

Nestas alturas, que antecedem os voos, os nossos pensamentos aliam-se à nossa ansiedade e muitas são as vezes em que o medo surge.

Não tenho medo de voar, nunca tive, aliás até gosto.

Receio tenho sempre. Como é normal. As coisas também nos podem acontecer a nós.

Sinceramente, o medo desaparece quando me sento no avião, até lá existe sempre a ansiedade normal da data. Prefiro voos longos, não sei porquê, mas prefiro. Gostei mais das 3 vezes que fui para o Brasil do que quando fui para Londres, ou para Lanzarote, ou para Tenerife, por exemplo.

Amanha tenho muitas horas no ar, cerca de 12 no total.

Adoro o ambiente dos aeroportos, fascina-me.

Há pessoas que têm medo de voar porque "aquilo pode cair". É verdade, pode cair. Da mesma maneira que eu posso ter um acidente nas muitas viagens que faço para o Porto ou até mesmo no meu quotidiano.

Não tenho medo disso. Disso tenho medo por quem vai comigo e por quem fica, por mim não.

Como eu costumo dizer, se morresse hoje podiam ter a certeza que tinha morrido feliz e realizado. Apenas me faltam realizar dois/três sonhos, mas no essencial sou alguém realizado e se isso acontece tenho a agradecer aos meus pais, a eles devo-lhes tudo.

Lá em cima não se pensa nisso, pelo menos eu não penso. Vou relaxado na minha cadeira, a ler qualquer coisa, a ouvir um som e a conversar. Neste tipo de voos (longos) a coisa melhora, há sempre um ou dois filmes para ver e umas (mini) refeições para entreter.

Agora vou ver se descanso que daqui a 2 horinhas tenho que tomar um banhinho e preparar-me para arrancar em direcção à (minha) Invicta.

Vou tentar fazer um post por terras dominicanas, mas não prometo.

Volto já.