Bater com as pontas dos dedos em teclas frias hoje não me aquece a alma. Há dias assim.
Escrevo e apago. Escrevo e apago. Escrevo e apago. Escrevo e apago.
É tanta coisa pendurada nas paredes do meu pensar que nem sei que vos diga.
Poderia até tornar público o meu ebulir cerebral mas tenho medo de vos maçar.
Há certezas, que as há, mas também há dúvidas e nestas dias as dúvidas pesam mais.
Os projectos enquanto são projectos são angústias e incertezas. Aquecem e arrefecem.
Hoje queria sair daqui. Queria estar a sós comigo mesmo. Eu e só eu. Não posso, eu sei, mas queria. Posso não poder ter, mas querer hei-de querer sempre. O meu querer ninguém mo tira. Nem tu, nem ele, nem vós. Não chega, eu sei, mas aquece a parte de dentro do peito.
Isto de viver tem dias do diabo. E mais não digo.
Volto quando estiver bem disposto. É o melhor para ambos.
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