Fazia desta paisagem o nosso dia a dia.
Levava-te deitada nos meus braços.
Corria pela água onde a água só me cobre os pés.
Pontapeava as ondas que rebentassem na areia.
Salpicava o teu corpo e o meu com o salgado do mar.
Beijava a tua pele porque adoro-a sempre, mas mais ainda com água.
Andava contigo à roda até cairmos de tão tontos que estávamos.
Furava as ondas e elas vingavam-se em nós, molhando-nos.
Atirava-te pelo ar para que o mar te pudesse agarrar.
Mergulhava na tua direcção e aparecia na hora do nosso abraço.
Agarrava o teu corpo refrescado pela natureza.
Beijava os teus lábios molhados e salgados.
Trazia-te para a areia quente e fina.
Estendia a tua toalha e aguardava o teu deitar.
Espalhava creme entre a tua pele e o nosso sol.
Deixava-te adormecer de barriga para baixo a olhar para mim.
Olhava por ti e para ti até que o sol se fosse.
Acordava-te e levava-te para as nossas quatro paredes.
O resto o mundo não tem que saber.
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