Normalmente é um sossego. Durante a noite, porque de dia é eléctrica.
Hoje lá estaria com insónias e achou por bem que eu sofresse com ela.
Acordei de meia em meia hora, sempre sob o efeito do sono, o que não me permitia decifrar de quem seria aquele ladrar.
Pouco passava das seis e meia da manhã quando, em desespero, abri a janela do meu quarto para ver de onde vinha aquele meu sofrimento. Lá estava ela, imponente, a ladrar para não sei bem o quê.
Uma chamada de atenção minha, um olhar meigo dela, e a coisa compôs-se. Por instantes.
Voltei para a cama e quando estava já numa de aproveitar aqueles minutos que o despertador ainda me permitia, eis que a causadora da minha noite em claro volta a atacar.
Saltei da cama, abri a janela e duas palavras minhas em alto som resolveram o problema, uma delas foi Fiona, a outra terminava em alho. Se soubesse já as tinha proferido antes. Bem antes.
Obrigado Fiona, de coração. É sempre maravilhoso passar uma noite inteira acordado graças a ti. Melhor mesmo é saber que tu a esta hora dormes como um bebé e eu tenho que aguardar mais de doze horas para voltar a conjugar o verbo dormir na primeira pessoa do presente.
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