Prisão perpétua. É este o tema da minha tese de mestrado.
Deambulei por várias hipóteses, mas só uma poderia prevalecer. O direito desportivo precisa de ser compreendido. A aplicação das penas acessórias dá-me voltas ao estômago. A nossa moldura penal e os seus limites deixam-me muito a desejar. A prisão perpétua é um amor antigo, mais, a prisão perpétua é um amor de sempre.
Atiraram-se os temas para a mesa, emitiram-se opiniões, levantaram-se dúvidas, mostraram-se certezas, ouviram-se conselhos e chegou-se a um consenso.
O tema será o que eu sempre quis, de coração, e aquele que eu sempre pensei que não me seria aconselhado, contudo fui surpreendido por uma vontade que vai de encontro à minha, a do orientador.
Numa primeira fase, daqui a seis dias, será entregue o projecto da tese, coisa que já está praticamente feita, e depois seguem-se seis meses de um trabalho que terá que ser diário para que os prazos não prescrevam.
Cumpri, assim, o principal objectivo a que me propus na feitura da tese, falar de algo em que acredito, que me apaixone, que mexa comigo, que me dê vontade de trabalhar, que me faça ler e escrever sem parar, que crie em mim um espirito critico mas sempre sustentado num saber seguro.
É um tema que já tem o pó do tempo. Portugal foi o primeiro país no mundo a abolir a prisão perpétua, em 1884, desde então este assunto foi morrendo nas mãos de um povo conformado.
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