Vi-o crescer. Um menino com sonhos de homem, embrulhado em timidez.
Lutou sempre, mesmo quando o mundo desconfiava dele. Foi um guerreiro.
Chegou ao SC Braga já maior de idade, quando só muito talento permite tal passo.
Durante este crescimento foi chamado à selecção nacional, no seu clube viveu no meio de jogadores consagrados, rodou por clubes menores para ganhar maturidade e regressou a Braga para, com o número setenta e sete nas costas, capitanear a equipa B da Cidade dos Arcebispos.
Na sexta-feira passada, em Barcelos, foi ele e mais dez na equipa principal. No meio de jogadores feitos como Quim, Alan, Hugo Viana ou Mossoró fez a sua estreia no principal escalão do futebol português. Foi humilde, trabalhador, sério e eficaz. Em momento algum comprometeu a sua equipa. Foi uma estreia em grande pela equipa principal do SC Braga. No fim, a cereja do topo do bolo, o Mário foi chamado à flash interview da Sporttv e mais uma vez brilhou. Foi sereno nas suas palavras, mostrou acreditar naquela equipa, agradeceu o apoio e mostrou-se confiante na sua renovação de contrato. É naquela equipa, a terceira classificada da primeira liga, que ele quer ficar. Um desejo justo de quem trabalha todos os dias para isso e um sonho que merece ser cumprido por alguém que um dia era só um miúdo à espera de uma carrinha que o levasse a fazer o que ele mais gosta.
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