segunda-feira, 4 de julho de 2016

Camilo de Oliveira

Cresci com o Camilo. Ele velho e eu novo. Nunca o conheci de outra forma e ele nunca me conheceu a mim. Uma pena! Passaram mais de trinta anos. Foi quanto duramos juntos, mas não o vou esquecer. Sabia-o de cor. Aquele jeito de boa pessoa e o seu humor. Dono de piadas finas, testemunhas da sua inteligência. Viveu a vida a bem, sem maldade, nem protocolos. Era o que era. Era o Camilo, o pai do Alberto, o Presidente. Foi um pilar do meu passado. Era parte da boa disposição de Portugal. O seu adeus prova que a vida não pára. O seu adeus é a nossa velhice. O Camilo foi, o sorriso do Camilo fica. Ficará para sempre!