terça-feira, 24 de novembro de 2015

Adega Faustino

Não falo em todos os restaurantes onde vou, mas não ficaria de bem com a minha consciência se não falasse deste. A Adega Faustino, em Chaves, merece ser visitada. Melhor, tem que ser visitada. O edifício faz-nos viajar no tempo, andamos para trás, muito para trás; o chão feito em calçada; as mesas, as cadeiras e os bancos trabalhados numa madeira despreocupada; o balcão enorme, com sessenta anos de vida; as pipas, imponentes e experientes, como pano de fundo; o teto de madeira, alto, bem alto; a louça sem caprichos, simples, porque comida boa não exige louça trabalhada e ali a comida pode vir em pratos básicos porque se derrete na boca, o vinho pode ser servido em copo sem pé, porque é muito bom, e as sobremesas parece que saíram dos fornos de nossas mães. É de comer e chorar por mais. É de se passar lá a tarde, com os joelhos debaixo da mesa, rodeados de gente boa, os funcionários e os proprietários fazem-nos sentir parte daquilo. É tão bom!
A conta? Quinze/vinte euros de barriga cheia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sublime - Love Stories

                                  
Infelizmente ainda serão mais os que não conhecem, do que os que conhecem a Sublime - Love Stories, mesmo tendo presente que os que conhecem já são muitos. É normal, até porque o projeto é recente, mas com o tempo esta situação vai inverter-se, acreditem. 
                                   
Quem trabalha com qualidade tem tendência a ser reconhecido e esta gente merece ser aplaudida de pé. O bom gosto está presente em cada flash, em cada frame. Estes são daqueles que vestem a camisola e sentem o símbolo. Deixam tudo em campo e, melhor, o campo deles não tem limites definidos, correm sem parar e vão a todo o lado. Norte a sul, este a oeste.
                                    
Aos que duvidam da minha palavra, que depois de vistas as imagens serão bem poucos, aconselho uma visita ao facebook e ao sitio deles na internet. É entrar e viajar. Vá, sejamos honestos, todos devem visitar. Quem ficar de fora vai ficar prejudicado e isso não é justo.
                                             
Sublime - Love Stories, todas as histórias da amor merecem ser guardadas com requinte.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Este nosso Portugal

Enquanto espero na fila de uma caixa multibanco observo. Uma mãe jovem, com trinta, se calhar menos. Uma filha recente, com três, quatro anos, no máximo. A progenitora, sem largar a mão da cria, escolhe o tema levantamentos e seleciona a categoria dos sessenta euros. A máquina nega-lhe a intenção. O cartão sai de mãos dadas com duas ou três lágrimas. Pede à filha para andar. Evita explicações, tem plateia. A pequena, de olho arregalado, pergunta se a máquina está "istagada". A mãe diz-lhe que sim, que está "istagada". E seguem, com duas mãos dadas e outras duas a abanar. Está assim este nosso Portugal.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Esse mal chamado cancro


Uma epidemia.
Quem, nos dias que correm, não tem “alguém” com cancro? Um familiar, um amigo, um conhecido. Todos temos. Esta verdade gelada não merece discussão, é um dado adquirido. O cancro é parte integrante das nossas vidas. Hoje, por exemplo, o mundo inteiro sabe do que se trata a expressão “está a fazer tratamento”. Isso é mau sinal. Tão mau sinal. Esse sinónimo de banalidade é assustador. Essa linguagem faz parte do nosso quotidiano. E nós nem conta damos. Esse mal entrou nas nossas vidas em bicas de pés, para não nos acordar, e anda de olhos vendados para não encontrar a porta de saída.
Não escolhe sexo, nem idades, nem carteiras. Pode acontecer a todos. Mentalizem-se disso, mesmo os fiéis seguidores do “só acontece aos outros”. Infelizmente todos nós estamos sujeitos a carregar esta cruz. Outra coisa, podem apontar, esta luta não se resume ao doente, espalha-se por todos os que o amam. Nunca duvidem disso. É uma bomba que cai numa casa, que destrói uma família, que arrasta pelas ruas da dor todos os que partilham sentimentos nobres, para além do doente, que esse, coitado, anda puxado pelos cabelos em paralelos afiados pelo pior dos sofrimentos, físico e psicológico. Sim, nem todo o sofrimento do doente cancerígeno se vê, a maior parte é silencioso, vive na cabeça do portador do mal.
Aos doentes fica a esperança, que tem que ser sublinhada, de sucesso. São cada vez mais os que vencem esta batalha. O cancro não é imbatível. A medicina, os seus praticantes, o doente e os seus familiares, todos juntos, são capazes de verdadeiros milagres. Acreditem. O querer viver é a base do sucesso. Falar é fácil, eu sei, mas nunca desistam, nem mesmo nos momentos em que tudo à volta é escuro como breu. Não é fácil, é verdade, mas não ser fácil é bem diferente de ser impossível.
Aos que sofrem tanto como o doente, não no corpo, mas na mente, pede-se uma presença constante, uma mão dada com todos os minutos de amargura. Sozinho o doente é presa fácil, com os que o amam por perto a luta fica meia ganha. Apontem nas vossas notas mentais que nunca uma guerra foi vencida por um homem só. Sejam o exército do general acamado. Lutem, tanto ou mais que ele. Lutem até tocarem no peito da vitória, aí parem, abracem-se e desfrutem do sabor da conquista.

O cancro é assustador, tem uma força indescritível, mas há coisa que nunca terá. O brilho da vida! Por muito grande que seja a doença, nunca será do tamanho da vida. Lembrem-se sempre.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Ensino Superior

Lembro-me como se fosse hoje e já tantos anos passaram por cima daquele primeiro dia assustado. Não conhecia nada nem ninguém. Sozinho numa cidade que não era a minha. Longe do conforto da minha casa. Distante, tão distante, dos cuidados dos meus pais. Comigo só tinha uma certeza, o curso. Era aquele. Sempre foi. Direito!
Eu, ao contrário de muitos, queria ter ficado na minha terrinha, mesmo sabendo que isso não era sequer opção. Sempre fui pouco aventureiro. Não queria ruas, nem gentes que eu não conhecia. Obrigado a isso, lá fui, temeroso e de malas feitas para a cidade Invicta.
O caloiro atravessou os portões da universidade de olhos postos em tudo, tendo como principal objetivo passar despercebido. Coisa difícil para quem é novato. Devia sentir-se ao longe o cheiro de estreante, mesmo que este fosse de jornal dobrado, metido por baixo do braço, a dar um ar de homem adulto e batido. O sossego durou trinta minutos. Os “doutores” interpelaram-me e deram início à minha praxe. Bastante tranquila por sinal. Aceitei-a de braços abertos, usei-a para conhecer colegas e amigos, alguns deles que ainda hoje guardo comigo. Gente para a vida! Tenho comigo que a praxe parte dos “doutores”, mas deve ser definida pelos caloiros. O caloiro não tem, não deve, nem pode aceitar tudo. Deve, isso sim, aproveitar o que de melhor ela tem para oferecer, estabelecendo-lhe sempre limites. Se assim for é perfeito e essencial para todos os que estão a começar a sua vida académica.
O equilíbrio que a vida estudantil exige nem sempre está ao alcance de um adolescente com dezassete, dezoito ou dezanove anos. Por mim falo. Faltou-me o equilíbrio. As noites pareciam-me mais fáceis que os dias. Os bares suportavam-se bem melhor que as aulas. As discotecas era sítios bem mais agradáveis que a biblioteca. Tudo era melhor quando o sol se punha. Era melhor porque eu me desequilibrei. Sozinho numa cidade grande, que tanto tinha para me oferecer e eu sem capacidade para lhe dizer não. O tempo passou e eu nem conta dei. Esqueci-me dos livros e das aulas. Perdi a noção da realidade, do que era importante e, isso é o mais importante, perdi a noção de que há tempo para tudo.
Esta é uma nota que merece um parágrafo. Há tempo para tudo. Há tempo para as aulas, há tempo para estudar, há tempo para os amigos, há tempo para as jantaradas, há tempo para os copos e há tempo para as noitadas. Só de pensar que em maio estava de férias e só voltava em setembro ou outubro. Três ou quatro meses de férias. É muito tempo de boa vida! E para estudar são apenas duas alturas do ano, três no máximo, vá, se a coisa correr mal.
Ser universitário é atingir o ponto alto de uma carreira, a de estudante. É ir mais além nos estudos. É tocar na ponta da pirâmide académica. É um tempo que deve ser sentido e vivido, passa num instante e deixa saudades, acreditem. Aproveitem a praxe, selecionem os amigos, cresçam enquanto seres “independentes”, porque nas universidades os encarregados de educação não assinam folhas, e organizem o vosso tempo. Formem-se enquanto alunos, mas não se esqueçam de se formarem enquanto seres humanos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Everest

Tinha que ser bom. É baseado em factos reais. E é mesmo bom!
As paisagens e a sonoridade sugerem cinema. Em casa não vai ser a mesma coisa.
Vejam e façam por entender o coração de cada um dos intervenientes. É esse o truque.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

"Gente boa"

Um senhor sentado em cima de décadas e décadas de idade disse-me que conheceu bem o meu avô paterno. A vida roubou-me essa oportunidade. Ele partiu uns anos antes de eu chegar. Foi pena, havíamos de nos ter cruzado. Tenho a ideia de que nos íamos entender. Adiante. Disse-me esse homem com muitos capítulos de vida que o meu avô era "gente boa". Fui para casa a pensar naquelas duas palavras. É exatamente assim que quero que se recordem de mim um dia que eu diga adeus ao verbo viver. Quero ser lembrado como gente boa. Não há nada melhor que isso e poucos são os que conseguem essa bela distinção.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Amigo,

hoje o chicote da vida bateu-te nas costas. O teu pai foi embora. Só tu sabes o quanto dói. Só tu. Sofre, tens esse direito, mas lembra-te que ele foi para melhor. Sim, para melhor. Estava a sofrer como ele não merecia sofrer e nenhum de vós, pessoas que são dele, mereciam a partilha desse sofrimento. Dizias-me tu, ainda com ele vivo, que nem um animal merecia aquele sofrimento. Ó amigo, a crueldade das tuas palavras espelham uma dor desmedida. O teu pai não a merecia.
Ele foi descansar orgulhoso de ti, que duvidas não restem. Eu sei que esta luta nunca vos viu as costas. Ele lutou enquanto teve forças e teve muitas, amigo. E tu, como é teu apanágio, estiveste lá, corajoso como sempre, capaz de virar o mundo do avesso, choravas sozinho, acredito eu, e ainda tinhas tempo de sorrir para os amigos. Demonstrando, portanto, uma força que poucos conseguem ter. Tu tens, há uma vida que sei disso, mas não sei quantos mais conheço que têm essa tua força. Se calhar nenhum. 
Sabes, agradeço a Deus ter um amigo como tu, um amigo que me chama irmão, um amigo que me mostra que a honestidade dos sentimentos vale mais que tudo o resto. Muito mais! E, acredita em mim, hoje a vida magoou-te, mas ela vai-te recompensar, tenho a certeza. Deus não dorme.
O teu pai vai descansar em paz e orgulhoso. Filhos como tu já quase não existem.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Som de Cristal

Muito bom! O primeiro episódio, pelo menos, foi.
Vou esperar pelos outros, mas com a fasquia já bastante elevada. Culpa do Quim! O homem é um verdadeiro postal e não digo isto no sentido depreciativo. Longe disso. O Quim Barreiros é efetivamente uma figura nacional. Um senhor vivido, repleto de sucessos, e isto não pode ser posto em causa, goste-se ou não da sua música, com uma humildade que poucos artistas conseguem ter, especialmente os que são menos que ele. É um homem do povo, gosta da sua terra, preza a sua família, não fala com truques, diz umas asneiradas, trata do seu próprio negócio, não gosta daquele show off que qualquer artista barato faz questão, admite os seus erros, conhece os seus limites e ri muito, ri com uma facilidade que só está ao alcance dos que são realmente felizes. E, há que o dizer, tem um pai com noventa e seis anos - leram bem - que parece um rapaz novo. De invejar, portanto!
O Bruno Nogueira, que sempre mereceu o meu respeito no que toca ao humor nacional, dá-lhe aquela pitada de sal que deixa o programa no ponto. Não tem aquela piada parva. É light. Fala quando deve e sempre bem. É leve, quase nem se dá por ele e isso é que o torna bom no que faz. Ele dá o protagonismo a quem realmente o deve ter. O Bruno merecia mais televisão.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Refugiados

Ninguém está livre de um dia ter que pagar centenas ou milhares de euros pela sua própria morte. Amanhã podemos ser nós, com o pouco que nos resta, a implorar a um traficante de pessoas que nos deixe entrar num barco frágil, sem o mínimo de higiene, sobrelotado e com total ausência de mantimentos, isto porque a última coisa que temos é a esperança não de viver, mas de sobreviver.
Ninguém está livre de um dia ter que pagar para alimentar bocas que não são suas. Amanhã podemos ser nós a ter que partilhar com estranhos um espaço que é nosso, a ter que contribuir, com o pouco que temos, para que um desconhecido sobreviva, a ter que, de certa forma, condicionar o nosso viver para que outros possam sobreviver.
Nunca digas desta água não beberei. O caminho é longo, podes ter sede.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Galp On

A Galp começou a assediar-me no fim do mês de maio. No que ao gás natural diz respeito eu já era deles, mas eles queriam mais, queriam que a minha eletricidade fosse deles também. Foram quinze dias de pressão alta, de assédio intenso. Não resisti e aceitei. Era uma coisa simples e passados dois ou três dias eu deixaria de pertencer à EDP. Eles tratavam de tudo. Parecia um sonho.
A quinze ou dezasseis de junho mandaram o e-mail com as condições, eu respondi de forma afirmativa ao proposto e fim. Fim mesmo. A Galp desapareceu da minha vida. Nem uma, nem duas. Preocupado, passados uns dez dias e porque recebi a conta da EDP, liguei para a Galp. Informaram-me que efetivamente ainda não era cliente, que um problema tinha evitado que se concluísse o processo, mas que em dois dias, no máximo, isso estaria resolvido. Passados cinco dias volto a ligar para a Galp e confirmo que eu ainda não era cliente. Pediram-me mais dois ou três dias e deram-me a certeza de que o problema seria resolvido e o processo findo. Há uns dias lembrei-me eu da Galp, sim, porque a Galp nunca mais se lembrou de mim, e voltei a ligar para lá. Já tinha passado mais de um mês e eu ainda não era cliente porque um problema impedia que o meu processo fosse concluído. Maldito problema, que ninguém me conseguiu dizer qual era! Dividas não eram, que isso eu perguntei. Garanto!
O certo é que durante estes telefonemas, para além de ter gasto dinheiro, falei com cerca de dez funcionários diferentes e a única coisa que consegui foi dar sem efeito o meu pedido de adesão. Não consegui ser cliente da Galp! Eu tentei, juro. Tudo fiz para lhes entregar a minha eletricidade e não houve maneira.
No fim, e em jeito de desabafo, disse a quem me atendeu, que isto era inédito. O cliente começou por ser perseguido e acabou a perseguir a Galp, sem, contudo, conseguir atingir o objectivo de ser cliente. Ainda dizem que isto está mau, a Galp, por exemplo, recusa clientes. Não os quer!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

"Não te preocupes comigo"

Pede-me tudo. Não me peças isso. Agora não. Agora não consigo não me preocupar contigo. Já consegui, infelizmente. É com vergonha que o digo, mas tenho que o dizer. Já preferi um estranho a ti, uma esplanada ao sofá de casa, um copo a um café contigo, um chegar tarde a uma conversa. E foi assim, sempre inconsciente, que muitas vezes te deixei em espera, que te ignorei, que não me preocupei contigo. Desculpa. Tu não merecias, nunca mereceste.
Felizmente o tempo, que pode não curar tudo, mas ensina muito, fez-me aprender a dar-te mais importância. Ainda mais importância. E foi assim, com o crescer dos anos e o amontoar de experiências que se criou a simbiose perfeita. Hoje sinto o que tu sentes, ouço-te mesmo que estejas em silêncio, vejo-te mesmo que estejas ausente. Partilhamos alegrias e partilhamos dores. Estas últimas temos mesmo que as partilhar, mas só porque não me é possível ser egoísta e ficar com elas para mim. Tu não as mereces. Tu mereces é andar de sorriso no rosto, brilho nos olhos e de coração cheio. Tu mereces tudo e vais ter o tudo que mereces. Prometo!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Odjo d'Agua

De Cabo Verde trago muitas coisas. Irei partilhá-las em breve.
Hoje quero ficar só pelo restaurante Odjo D'Agua. Dos mais belos, se não o mais belo que conheci. Digno de um filme de Hollywood, que poderia abrigar mil e uma cenas de amor, de suspense e até mesmo de terror. Ali, sentados de frente para um mar cristalino, viajamos com a mente enquanto o nosso paladar pula de alegria ao abraçar os sabores que ali vivem. Eu escolhi o atum, que foi só o melhor que já comi. É divinal. Quem fôr a Cabo Verde, à Ilha do Sal, tem que ir a Santa Maria ao restaurante, que é também hotel, Odjo d'Agua.
O melhor de tudo é que se come com pouco dinheiro, tendo em conta a qualidade e o cenário. O hotel, pelo que sei, é caro, mas o restaurante não. A minha refeição ficou em vinte euros. Imaginem isto no Algarve, em Lisboa ou no Porto. Quanto pagaríamos?

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Manifestação infantil

A Policia de Segurança Pública aproveitou o Dia Mundial da Criança e criou uma espécie de manifestação infantil, com uns pequenos a fazerem-se de polícias e outros pequenos de manifestantes, estes últimos atiravam bolas de papéis aos primeiros. Foi isto. E o país revoltou-se, porque estávamos a incitar as crianças à violência, porque isto não tem pés nem cabeça, porque as fotografias tinham que ser apagadas, porque o autor da ideia devia ser despedido. Enfim, um espectáculo, dentro do próprio espectáculo, como que a querer dizer que aquela brincadeira, que não passou disso mesmo, vai mudar por completo a vida e o futuro dos intervenientes. Estas crianças vão ser a educação que lhes derem e não aquela tarde infantil. Não arranjem desculpas para possíveis e/ou previsíveis falhas no desenvolvimento delas, eduquem-nas.
Portugal está sensível, tão sensível que irrita. Meu Deus!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

quinta-feira, 14 de maio de 2015

O gang da Constança

Gostava de poder dar um abraço ao Jorge. Foi um homem do caralho! Achincalharam-no, bateram-lhe, maltrataram-no e ele nem uma lágrima lhes deu. Foi maior que elas e que eles. Muito maior!
A Constança e o gang, gente a quem publicito a cara, só merecem ter uma vida solitária, infeliz, pequenina e sem objectivos. Que sejam mais uns no meio de tantos, mas sem qualquer importância. É o pior que lhes pode acontecer, porque os estalos passam e quando lhos derem vão criar a ideia de que já pagaram pelo mal que fizeram, o que é errado. Devem pagá-lo toda a vida, porque é esse o tempo que o Jorge vai carregar aqueles treze minutos no peito. Toda a vida!
São pais que não têm tempo, que não batem, que não dizem que não, que criam as Constanças. São pais que se lhes perguntarem onde estão os filhos eles não sabem. Não sabem, nem querem saber!
São estes os tempos modernos, onde vivemos no mundo virtual, onde um "gosto" vale mais que um abraço, onde um "remover amizade" substitui uma conversa presencial.
Infelizmente existem cada vez mais Jorges e Constanças, bem mais que os que são tornados públicos. Estejamos atentos, a intervenção de cada um de nós pode mudar uma vida para sempre.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Messi

Fez do Boateng um pião e disse ao Neuer, com o seu pior pé, quem manda afinal. Tudo com uma simplicidade assustadora. Ontem o argentino pintou mais uma obra de arte, outra que será eternizada nos compêndios do futebol. Chocante!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

segunda-feira, 13 de abril de 2015

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Parabéns, blog!

Nove anos de vida! São muitos anos, é muita vida.
Mais de duas mil publicações. Textos, imagens, vídeos e músicas.
Parte da mim está aqui. Muito de mim mesmo.
Este blog faz-me bem e existe graças a vós, por isso o meu obrigado.

terça-feira, 7 de abril de 2015

quinta-feira, 26 de março de 2015

Partilhem, por favor

Aos milhares ou milhões de pessoas que dizem "hadem", um pedido: parem! Essa palavra não existe, nem nunca existiu. A palavra correta é "hão-de". Por exemplo, eles hão-de conseguir. Nunca, mas mesmo nunca, eles hadem conseguir. E, já agora, quem diz hadem como escreve? Hadem ou há-dem? Ler acho que nunca li, não me recordo pelo menos, mas o ouvir é quase diário e a maior parte das vezes dito por pessoas que têm mais que obrigação de saber que essa palavra é um mito.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Antologia de Poesia Contemporânea

A Chiado Editora é a mãe desta obra. Eu sou parte dela. Ou melhor, palavras minhas.
Enviei, depois de convidado para tal, um poema para que fosse o mesmo sujeito a apreciação. Foi selecionado, sendo por isso parte integrante deste VI Volume da Antologia de Poesia Contemporânea "Entre o Sono e o Sonho". A obra irá antologiar mais de mil poetas e, como todas as demais, perdurará no tempo.  Sendo certo que não irei usar este convite, pois que Lisboa continua a ser demasiado distante, resta-me lamentar a minha ausência e desejar todo o sucesso à iniciativa.
Quem puder que vá. Quem quiser que compre. Vão gostar, tenho a certeza.

terça-feira, 17 de março de 2015

segunda-feira, 16 de março de 2015

Guimarães

Adoro Guimarães. A cidade e as gentes.
Identifico-me com a maneira de viver dos de lá. Invejo o amor que nutrem pela cidade. Admiro a forma como vivem o clube. Apaixono-me sempre que lá vou. Sinto-me em casa, não sei explicar. Culpa talvez de quem me deu a conhecer esta bela cidade. Alguém que, e entendam o amor deles pela terra, pediu que lhe chamasse Guimarães. Um amigo não de sempre, mas para sempre. Um parceiro de muitas batalhas. Alguém com quem dividi dias, noites, alegrias, tristezas, conquistas e perdas. Fomos caloiros de Direito, perdidos na Invicta. Conheci-o há quinze anos, quase. Não o via há mais ou menos sete. Porra, como o tempo passa! Foi disso que falámos no sábado, quando voltei a abraçá-lo, a dividir uma mesa de uma esplanada, enquanto brindávamos a uma amizade que não precisa de ser alimentada diariamente, é mais forte que o tempo. O tempo voou, como voava em dois mil e pouco, tal e qual. Relembramos gentes e vivências, partilhamos o presente de cada um e saímos de lá com a certeza de que o sentimento que nos une contínua vivo. Bem vivo!
Em breve vou voltar, a Guimarães e ao Guimarães.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Desabafo!

Esta semana a minha vida vai ficar na gaveta. Vou viver ao sabor dos prazos, do calendário e do relógio. Só queria deitar-me, adormecer e acordar sábado. Pronto, já desabafei. Vou indo!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo

Gritavam eles que mataram Charlie Hebdo. Não mataram. Mataram gente com família, que tinha como oficio ter humor. Mataram a liberdade de expressão, ou pelo menos deixaram-na assustada e a pensar. Nenhuma das vidas ceifadas tinha culpa da limitação intelectual dos que carregaram armas em nome do Deus deles. Aquele polícia a quem eles levaram a vida como quem bebe um copo de água só queria o dia de amanhã. Só isso!
Vivemos num mundo tão selvático que ter humor é já um ato de coragem.

Pensamento #9


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Nutella

Comprou-se um frasco de Nutella lá para casa. Dos pequenos, porque era só mesmo para ter e pouco se ia usar. Era para ela, eu não ligo muito a doces. Passados poucos dias posso dizer-vos que o frasco parece-me muito pequeno e é meu. Só meu! Ainda hoje de manhã torrei duas fatias de pão integral, porque tem que haver equilíbrio, enchi-as de Nutella e com uma chávena de café quente fui ao céu e voltei. Assim, num ápice!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

2015

Um dia já foi. Este, por sinal, bem tranquilo. Cama, mesa e sofá, como de costume.
Amanhã começo a trabalhar no fim de um projecto já com algum tempo. Vai ser um inicio de ano duro, com muito trabalho, mas com a certeza de que vou conseguir.
Venha de lá esse 2015!