quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Efémora

Um rosto qualquer. Sem nome. Sem dono.
Um rosto talhado pela vida.
Esta pele já foi macia. Tão macia quanto a de um bébé.
Esta história já foi um principio, mas cada vez mais é um fim.
Muitos dias já foram vividos e agora apresenta-se o desgaste. Duro e puro.
Cada dia que vivemos é uma página que viramos. Muitas delas foram lidas por alto. Do alto do egoísmo que vive em cada um de nós. Do alto da inconsciência de que a vida é rápida.
A vida é rápida. Não há nada mais rápido do que ela.
A vida está em sentido contrário. Está?
Deveríamos nascer velhos, viver a vida com a sabedoria da idade, evitar os erros pela experiência da meia idade, viver a reforma como adolescentes e morrer crianças inconscientes. Deveríamos?
Não há nada mais profundo do que uma viva vivida. Nem mesmo o mais profundo dos oceanos.
O mais que posso sentir não o consigo escrever. Fico-me por aqui.
Obrigado àqueles que vivem.

Sem comentários:

Enviar um comentário