domingo, 24 de junho de 2012

Parabéns, mãeZinha!

Viver é bom porque ela existe.
São cinquenta e um anos de vida. Vinte e oito, quase vinte e nove, comigo ao colo.
Mãe, irmã, amiga e cúmplice. Sempre. Um olhar entre nós leva palavras. Um silêncio nosso conta histórias. Um sorriso eleva-nos. Uma lágrima deita-nos. Um abraço é sempre perfeito.
O acordar e o deitar são dela. Perde tanto tempo a levantar-me como a deitar-me. Sou uma carroça, como ela diz e bem. À noite nunca tenho sono e de manhã tenho tanto que só ela tem força para me colocar na vertical. Na doença nunca me falha. Uma ferida minha dói-lhe mais a ela do que a mim. No meu sucesso respira de alívio. Cada vitória minha é um orgulho para ela. Cada conquista é um respirar mais desafogado. Na derrota cai no silêncio e nele vai buscar forças para mim que já nem eu as tenho. Nunca me deixou de parte. Nunca olhou para mim com desprezo. Nunca, em momento, algum deixou de acreditar em mim. Acredita mais do que eu próprio. É o meu muro das lamentações. Nenhuma tristeza minha passa longe dela. Tem sempre uma palavra que me aquece o coração. Sempre, sempre.
Muito do meu eu é dela e muitas são as vezes em que chocamos. Chocamos como dois irmãos. Chocamos como duas crianças. Chocamos, é verdade, mas sempre com amor. Nunca, em discussão alguma, um de nós foi capaz de deixar de assumir as suas culpas e de, cara a cara, fazer um pedido de desculpa com sinceridade que se exige a quem ama.
O nosso amor não tem explicação. Nenhum amor entre uma mãe e um filho tem explicação. Mas este, talvez por ser meu, é o mais especial de todos. Talvez por ser meu.
Mãe, és a mulher da minha vida. Amo-te tanto que tu nem imaginas.

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