O dia começou cedo.
A vontade era pouca.
O nervosismo era mais que muito.
Manhã chuvosa que convidava a horas a fio de cama.
Calendário académico que obrigava a acordar cedo, havia uma oral para fazer.
À medida que me aproximo do fim do curso sinto em cada oral um peso monstruoso, saber que a minha vida depende daquilo, saber que aquele duelo entre mim e os dois professores que estarão a questionar-me vai durar cerca de 45 minutos / 1 hora e pode não me ser favorável tira-me anos de vida, acreditem em mim.
Hoje, como sempre, levei o meu nervoso comigo, bem apertado contra o peito.
Os professores entraram e chamaram o meu nome, fui o primeiro, a obrigação puxava-me para dentro, o nervosismo agarrava-se à porta e quase não me deixava entrar.
Sentei-me em cima do meu nervoso miudinho e tentei esconde-lo.
Ali estavam eles, um patamar acima de mim e um mísero metro a separar-nos.
Dou por mim a pensar que a minha vida depende de cada um dos senhores que pelo curso fora me vai interrogando.
Escolhi a matéria pela qual queria começar, respondi acertadamente a tudo e ouvi de um dos professores "o senhor abriu bem o leque, agora não estrague isto", deu-me confiança a mim e expectativas elevadas a eles, uma faca de dois gumes na qual eu tive que pegar.
A coisa correu bem, o aluno nervoso foi desaparecendo e as perguntas foram caíndo em território já por mim trilhado.
Mais uma cadeira feita. Menos uma cadeira para acabar o curso.
A contagem decrescente dá-me força, mas também ansiedade e esta pode prejudicar-me, tento domá-la...
Estou feliz, quero-me rir e nada melhor que este video para eu exercitar os meus musculos faciais.
Partilho-o convosco.
muito bem! :)
ResponderEliminarparabéns! escreves-te bem...
jokas