Saudades...

Saudade, a palavra que não se traduz, apenas se sente.

Sou nostálgico por natureza e muitas são as vezes em que dou por mim a andar com o calendário para trás.

Gosto de recordar pessoas, vivências, épocas, estados de espirito, medos, sonhos, tristezas e alegrias. Gosto de recordar tudo um pouco.

Tenho saudades de tempos vividos há anos e anos atrás, como também sou capaz de ter saudades de uma coisa vivida há horas. Afinal de contas a saudade não se controla.

Tenho saudades de amigos que eram diários e que agora quase não vejo.

Saudades de amigos que nunca mais vi.

Sinto falta do amigo que perdi. Ainda hoje não entendi essa injustiça da vida. Não vou entender nunca.

Às vezes dá-me saudades de viver sem as segundas intenções por perto. Como era quando era criança.

Há sitios, sabores e cheiros que me deixam saudade.

Pessoas que fizeram parte da minha vida e que por um ou outro motivo se afastaram, independentemente de culpas, deixam-me saudades e muitas, especialmente quando já foram importantes.

Se recordar é viver, eu vivo demais!