quarta-feira, 19 de junho de 2013

Splash Celebridades

Um bando de famosos saltam para a piscina todos os domingos à noite e a SIC transmite. É este o nosso Portugal. É isto que o Zé Povinho gosta de ver. É esta a televisão dos portugueses.
A Júlia Pinheiro que, está mais do que visto, nasceu para apresentar programas que não interessam a ninguém, apresenta o Splash Celebridades. Os famosos, salvo seja, são muitos, entre os quais Cláudio Ramos e José Castelo Branco. Só por esta amostra dá ideia de ser um programa de donas de casa, mas não, não é, é um um programa onde gente que um dia, por acaso, apareceu na televisão salta para uma piscina, mas antes de o fazerem gritam, dizem que é muito alto e que não conseguem.
Queria aproveitar a oportunidade para falar daquela senhora com nome de homem, José, que se passeia à beira da piscina de salto alto e de fato de banho, feminino, claro, para dizer que a culpa nem é dele, a culpa é da televisão de merda, desculpem-me o termo, que temos no nosso país que continua, ano após ano, a dar tempo de antena a este energúmeno.
Para além dos pseudo famosos, a SIC conseguiu arranjar uma anã e um cego. Para quê não sei. É que estas últimas duas pessoas são as únicas que estão fora de contexto. Isto porque ambas lutaram na vida, passaram por muito e são verdadeiros vencedores. A Simone Fragoso, anã, é campeã de natação, e o Jorge Pina, cego, é campeão de boxe.
Este programa, se é que lhe podemos chamar assim, não é mais do que uma tentativa, frustrada à nascença, de promover pessoas que pouco mais fazem que sair de vez em quando na revista Maria e por motivos que nunca, mas mesmo nunca, têm alguma relevância. Vejamos, para além das duas criaturas, donas de casa, que referi antes, também salta para a piscina o Alexandre da Silva, a Carolina Patrocínio, a Cristina Areia, a Dora, a Filipa Castro, o Filipa Gonçalves, desculpem, enganei-me, a Filipa Gonçalves (sim, ele agora é uma mulher, antes era o Paulo Gonçalves), o Filipe Gaidão, o João Ricardo, o José Moutinho (Moutinho, não é Mourinho), a Liliana Aguiar, a Rita Ribeiro, o Rui Barros (não, não é o jogador de futebol), o Rui Porto Nunes, o Sisley Dias, o Ricardo Guedes, a Sónia Brazão, a Susana Henriques, o Toy, a Raquel Strada, a Merche Romero e, por fim, a Rita Andrade. E é isto, minha gente. É esta a cambada de celebridades, como lhes chama a SIC, que saltam para a água ao domingo à noite. A cereja no topo do bolo está sentada na tribuna do júri. São três as pessoas que dão pontuação depois de cada tombo dado na água. São eles o Simão Morgado, recordista nacional dos 50 e 100 metros do estilo de mariposa, a Silvia Rita, treinadora de natação sincronizada e, para terminar em beleza, o Marco Horácio, que nem sabemos se sabe nadar.
Bonito era ver um canal de televisão a promover jovens talentos nacionais, figuras desconhecidas do grande público, mas capazes. É disto que o nosso país precisa e não de perder horas a ver um monte de pessoas cheias de silicone, de óleos e de cremes a saltar para uma piscina.

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