Cristian Rodriguez passa por um, passa por dois, passa pelo terceiro e é rasteirado.
Falta perigosa. À entrada da área. Quase noventa minutos e o empate mantém-se.
Trata-se da última oportunidade do jogo. Se der golo, dá a vitória e os três pontos exigidos.
Raul Meireles pega na bola, coloca-a na relva e tira as medidas à baliza.
Eis que apareço eu.
"Raul, deixa-me bater a mim. Confia."
Ele olha-me nos olhos, sorri, diz-me para bater em força e vai colocar-se ao lado da barreira.
Eu pego na bola e acomodo-a para mim. Olho para a baliza e dou meia dúzia de passos atrás. Paro e aguardo pelo apito do árbitro. O estádio está tenso. Os meus colegas olham para mim como se a vida deles dependesse daquele meu pontapé.
O árbitro apita e eu parto para a glória. A bola está a centímetros de mim. Eu vou rematar. Eu tenho a certeza que vou fazer o golo da vitória. O meu pé está quase a bater no esférico.
"Cris, tu não ouves o despertador? Olha as horas! Vai tomar banho, tens que ir trabalhar".
Obrigado mãe. A realidade é tão boa que eu nunca a trocaria por um sonho.
AHAHAHAH
ResponderEliminarMuito bom!
As mães, sempre as mães! Às vezes podiam era estar quietinhas!
Mas ia ser golo ;)
Sempre as mães, é mesmo isso Afonso! Nas horas boas e más! ;)
ResponderEliminarEu também tenho quase a certeza que ia ser golo! :)