segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Hoje e aqui

Antes de mais. Hoje é dia 4 e só por isso devia ser feriado. Todos os meses.
Acordar às 7h30 foi hoje e será para sempre. Se Deus quiser. Assusta, mas traz felicidade.
Por aqui vive-se o silêncio do trabalho, que só pára no bater das teclas e no dançar da caneta.
A secretária carrega folhas cheias de vidas.
A cadeira de pele castanha aguenta-me, ou pelo menos faz por isso.
O ar condicionado trabalha na máxima força. Detesto o frio, como detesto o calor. Ninguém me entende.
O Douro vai cheio de água e de força.
Chove sem parar. Logo hoje que não trouxe guarda-chuva. É sempre assim, não é?
O senhor da lotaria grita como se o amanhã não existisse. Hoje e todas as segundas.
Para lá da janela vivem os carros carregados de buzinas.
É assim o meu hoje, aqui.

1 comentário: