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Por onde começar? É a pergunta que saltita na sua cabeça.

O mundo é enorme, encontrá-la pode tornar-se difícil, mas jamais impossível.

Decidiu voltar ao ponto de partida. Regressou ao interior das quatros paredes que foram testemunhas daquele incendiar de sentimentos.

Sentado na cadeira que suportou o seu peso, os seus sentimentos e os seus desejos no momento em que a conheceu, aguardou durante horas a aparição da causa do seu desespero, mas também da sua fé. Em vão. Ela nunca chegou a aparecer.

Correu as ruas numa tentativa desesperada de a encontrar. Perguntou a desconhecidos por outra desconhecida. Afinal de contas ele nem o nome dela sabia.

Ninguém conhecia, nem ninguém viu. A busca ganhava tamanho, mas não apresentava resultados.

O almoço foi leve e rápido e os olhos, esses, quase nem para o prato olharam, não vá um segundo de distracção permitir a sua passagem sem ser detectada.

Veio a tarde, mudaram as horas; o cansaço, tanto físico como psicológico, chegou.

Exausto com a procura decidiu recolher a casa. O corpo foi, mas a mente ficou na rua, sentada num passeio qualquer, agarrada a um acreditar que só o amor concebe.

Em casa deitado revivia o beijo. O primeiro de muitos ou o último. Essa era a dúvida.

A cabeça girava em volta de ideias, a sua mente procurava um plano para encontrar a mulher que não deixou rasto, apenas uma recordação.

A sua cabeça começava a pensar de forma fria e ele começou a acreditar que procurar por algo que não tem sequer identidade seria uma corrida perdida logo no arranque.

Ele era um devoto do destino, ele acreditava que nada acontece por acaso, ele sentia que aquele encontro, aquele beijo e aquele cruzar de vidas aconteceram por algum motivo.

Depois de muito reflectir a decisão acabou por se tomar. Se foi o destino que os apresentou, seria ele que voltaria a marcar um segundo encontro.

Continua...